segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Entrevista para a FM Cultura ao vivo da Feira

Novo bate papo sobre o "Corre, Pedro, corre!":
vai ao ar entrevista comigo, ao vivo da Feira do Livro, hoje às 18 hs, na Rádio FM  Cultura (107.7).

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sábado, 29 de outubro de 2011


Amigos, deixo o convite para estarem comigo amanhã (domingo) no Cais do Porto, área infantil da Feira do Livro de Porto Alegre, para os autógrafos do meu novo livro infantil. Será jogo rápido, somente das 15:00 às 16:00 - porque o Pedro tem outros compromissos e deve correr!

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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Em Giruá na Semana Literária - Dia 2

Seguem mais imagens dos encontros com os alunos durante a Semana Literária de Giruá - agora, o segundo dia.

Pela manhã, visitei 4 escolas municipais de educação infantil, as EMEIs Pingo de Gente, Gente Miúda, Criança Feliz e Casa da Criança. Foi muito prazeroso conversar com os pitocos, adoráveis ouvintes. Como tenho um filhote de 2 anos e 9 meses, sei bem como já são capazes, curiosos e inteligentes, e a interação com eles é uma delícia. Abaixo, também seguem fotos dos trabalhinhos que fizeram a partir da contação das histórias do "Eu e você, aqui e lá!" e do "Corre, Pedro, corre!. Agradeço o carinho da acolhida por parte das diretoras e professoras de todas as escolas, assim como os generosos lanches e as lindas lembranças.









E pela tarde, fiz novo passeio à zona rural de Giruá. Visitei a EMEF São Miguel Arcanjo, na localidade de Mato Grande, onde fui recebida com muito carinho. Fiquei realmente tocada! Conversei com os alunos de todos os anos do Ensino Fundamental, e também com os pequenos do Jardim. Levarei esse encontro no coração.

Encenação de peça inspirada no "Eu e você...", na qual os alunos debateram o problema do racismo e de outras formas de preconceito e discriminação em razão das diferenças.

As crianças contam como é o seu dia-a-dia, a partir da leitura do "Corre, Pedro, corre!".



Não estou uma beleza neste retrato?

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domingo, 23 de outubro de 2011

Em Giruá na Semana Literária - Dia 1

Como comentei na última postagem, minha estadia em Giruá foi marcante por muitos motivos, mobilizando meu ser em diferentes direções: reconhecendo sentimentos, revisitando vivências, redescobrindo sentidos, recebendo e ofertando carinhos, palavras, histórias, ideias e sonhos.

Compartilho aqui algumas imagens dos muitos momentos gostosos e emocionantes transcorridos nas escolas, em meio a tantas crianças queridas, interessadas, curiosas por saber mais, desejosas de aprender e descobrir. Conversei com alunos da Educação Infantil (desde o Maternal) e de todas as séries do Ensino Fundamental - sempre encontrando leitores e ouvintes atentos, inteligentes e amorosos. Foi um prazer imenso para mim assistir às apresentações dos alunos sobre os livros lidos, o "Eu e você, aqui e lá!" e o "Corre, Pedro, corre!", e ver os trabalhos criativos e reflexivos que desenvolveram com as professoras. Estas, são um capítulo à parte... verdadeiras heroínas!

Fotos na EMEF Batista

Recebida com muito carinho, alegria e balões coloridos na EMEF Batista. 

Encontro com alunos da 1a à 6a séries da EMEF Batista.

Encenação engraçada do "Corre, Pedro, corre!": aqui, o Pedro e a vó Leda...

Muitos abraços e uma autora toda boba e feliz...


Fotos na EMEF José do Patrocínio

Apresentações lindas e emocionantes dos alunos da EMEF José do Patrocínio, na zona rural de Giruá.
Meninas-fadas dançando e transportando a todos ao mundo mágico das histórias.

Encenação do "Eu e você, aqui e lá!". Meu encontro nesta escola foi especialmente marcante para mim!

Para minha surpresa, houve inclusive uma encenação da minha biografia!..
Com representação de mim menina, já gostando de inventar e escrever histórias,
e também do meu marido e filhote.

Adorei e emocionei-me com tantas homenagens e carinhos,
e fiquei com um baita nó na garganta... Quase esqueci-me do que queria dizer e conversar.

Recebendo das meninas e da diretora, Sra. Dalila Gertz, um belo livro confeccionado pelos alunos.

Com as gentis professoras e diretora, e as duas Tatis, funcionárias da SMEC de Giruá.

O aluno Paulo Reginaldo da Veiga, querido e talentoso, autografou para mim o livrinho que fez inspirado no "Pedro": este é o "Corre, Paulo, corre!" e fala sobre o seu dia-a-dia atribulado.

Um almoço generoso para encerrar as deliciosas horas que passei na Vila dos Mellos,
interior de Giruá, na EMEF José do Patrocínio.

Fotos no Auditório Regina Giovelli
Decoração do palco inspirada na ilustração do Gabriel Demarchi para o "Eu e você, aqui e lá!".

Conversando com os alunos de educação infantil e anos iniciais de diferentes escolas da cidade...

... e contando histórias.
Apresentação de teatro dos alunos sobre o "Corre, Pedro, corre!".
Colcha contando a história do Pedro.

As crianças narrando seus dias e correrias.

Lindo desenho do aluno Brenno, a partir da leitura do "Eu e você, aqui e lá!".


Este foi apenas o primeiro dia.
EM BREVE mais fotos e comentários do meu segundo dia de encontros nas escolas em Giruá.

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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Giruá: evocações, reencontro de mim e escritos no cair da tarde


Estive em Giruá na semana passada, como escritora convidada da 3a edição da Semana Literária da cidade, juntamente ao escritor Pablo Morenno. Foram dias intensos e maravilhosos, de muita troca e de muito carinho. As professoras, as diretoras das escolas e as funcionárias da Secretaria de Educação presentearam-me com uma acolhida extremamente calorosa e amiga, comovendo-me realmente. As crianças... incríveis! Levarei sempre comigo, como um tesouro, seus sorrisos, seus beijos e abraços, suas palavras, perguntas e comentários.

Esta postagem custou a sair justamente porque minha estadia em Giruá rendeu tanto: tantas emoções, evocações, lembranças, saudades, sonhos, carinhos, vínculos, laços. E fotos... Aos poucos, vou dando conta dos momentos gostosos que lá passei. Por enquanto, deixo aqui algumas linhas escritas na cidade, que tentam transmitir um pouco do muito que senti naqueles dias.


Escritos no cair da tarde


Letícia Möller

Os últimos raios de sol despedem-se, os vejo aqui, da janela do quarto, em seu esplendor final. Já nem se derramam mais sobre o campo de trigo, que agora repousa na sombra, agradecido pela trégua, assim imagino. Há pouco caminhei por entre os passeios, o livro na mão, e aproximei-me da cerca, erguendo-me na ponta dos pés, para espiar o efeito leitoso do sol poente sobre o trigo. Então retornei ao meu quarto, pois gosto de refugiar-me do crepúsculo antes que atinja seu ápice e por fim o dia se faça noite, busco proteção da melancolia que invade a terra na medida em que o horizonte desvanece no avançar da escuridão.

Estou distante de casa 500 quilômetros. Distante de meus afetos também. Ainda assim, tenho esse sentimento persistente de sentir-me no meu chão. Não sinto estranha a paisagem, esse território, sua gente, culturas e cultivos. Sinto-me muito próxima. O campo ondulante, a soja, o trigo, o sol dourando o solo e as folhas, o céu do entardecer de um azul pálido e imperturbável, apenas decorado por uma lua cheia de contornos perfeitos, como se tivesse sido desenhada tendo por molde uma moedinha, e recortado o papel branco com esmero extremo, para ser colada enfim a essa imensidão de delicado azul, como a criança que cola uma figura no desenho do caderno, cuidando para fazer tudo bem feito e agradar a professora.

Tudo isso me é familiar, ah, tão familiar, e sentido com tal intensidade, que sinto a memória a dar-me pequenas fisgadas na alma, e o coração palpitante, que ora parece expandir-se a imitar a amplidão do campo, num transbordamento de sensações, ora parece contrair-se abruptamente, como que capturado por uma lembrança remota que se mantivera ocultada da mente. Uma lembrança valiosa, que por muito tempo ficara escondida e só agora, de súbito, emerge das profundezas e se impõe e me envolve e arrebata sem pedir licença. E então tenho um pensamento estranho: que talvez exista um lugar para as lembranças mais valiosas, um espaço sagrado e desconhecido onde se alojam em silêncio as coisas mais queridas, as memórias mais preciosas, os sentimentos mais autênticos, e que são, por isso mesmo, os mais doídos. Para de repente voltar, fazendo recordar... do quê, exatamente? Da nossa essência, penso.

Estando aqui, invade-me a memória do campo da família, onde passava férias na infância, longe dos meus olhos há tantos anos, já esquecido da minha presença e dos devaneios que eu semeava em cada canto. Lugar onde ousei sonhar mais alto, loucamente e corajosamente, tecendo meus desejos mais intensos de menina. A literatura, a palavra lida e escrita. O amor a que eu ansiava, o amor forte, sereno e seguro de si com que sonhava, o amor que... meu Deus, encontrei! A delicadeza do mundo, que eu desejei nas caminhadas pelas coxilhas, delicadeza rara, apenas por vezes encontrada – e então sentida como um pequeno tesouro.

Cresci e não retornei àquele campo que amava e ainda amo. Vivi tantas coisas, mas não deixei de ser aquela menina das férias na fazenda. Olho-me no espelho e vejo a distância que me separa da menina, é inegável, mas me sinto ainda a mesma, a percorrer caminhos de pasto e terra pendurando sonhos nos galhos dos eucaliptos, declamando desejos aos ventos. A literatura não se afastou de mim, ela permaneceu sempre ao meu lado, ou mais que isso, dentro de mim, pulsando forte e constante. O sonho tão acalentado de ser escritora concretiza-se um pouco mais a cada dia. A delicadeza que eu queria que me rodeasse e protegesse... por vezes parece evaporar-se no caos e no ruído da cidade grande. Mas eis que retorna, mostrando que erro na minha melancolia recorrente, que há ainda beleza, respeito, afeto, estima, gentileza.

A delicadeza, esse tesouro raro, eu hoje a encontrei, casada com o amor pelas palavras e pelas histórias. Aqui em Giruá, no extremo noroeste gaúcho, longe de minha casa e dos meus afetos, aqui a delicadeza das pessoas, da paisagem, do ritmo da vida, da melodia da natureza, fez com que me sentisse integrada, repousada, reconciliada comigo. Envolta por eflúvios amorosos e pela mais perfeita – ainda que frágil – paz de espírito.


Giruá, 10 de outubro de 2011.

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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Lançamento na Saraiva

No último sábado, ocorreu o lançamento do Corre, Pedro, corre! na área infantil da Livraria Saraiva do Moinhos Shopping, aqui em Porto Alegre. Foi uma tarde bem gostosa e movimentada!

Muitos pequenos leitores apareceram para curtir a contação da história com a Gabi Pedebos, contadora querida e super simpática. Gabi ainda ensinou os pequenos a fazerem dobraduras de barquinhos de papel - como o barquinho que aparece na história do Pedro. Autografou comigo o ilustrador do livro, Gabriel Demarchi. Obrigada, Gabi, Gabriel, e obrigada a todos que passaram por lá.